Hehe, que coincidência pôr este título após o post anterior. Mas realmente não foi de propósito. Dei uma pausa nas postagens de poesias para dar continuação ao texto de introdução ao blog. Este pegou até a mim de surpresa. Farei outros depois, se puder. Retorno agora a publicação dos poemas até o final, espero, ou talvez dê outra pausa se algo vier a minha cabeça.
Sentimentos a meia-distância foi, como Per Capita, um poema com um fundo não tão melancólico assim. É como eu o vejo. Era pra ser um poema feito na companhia de outra pessoa (o Fonftka), mas eu acho que o fiz praticamente sozinho, não? (você se incomoda com isso, Fontka?) Porém a verdade é que ele fez junto comigo e eu gosto bastante deste trabalho. Valeu, Fonftka!
Retorno agora a parte dos poemas que eu gosto bastante, apenas Espiral mesmo que não me agrada muito. O anterior também é legal, mas é a partir de agora que eu me comovo mais lendo...
Realidade (29/04/08)
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Na ida e vinda dos dias monótonos, caminho com o rosto abaixado
Sem sorrir e sem chorar, testemunhando fatos alheios de vidas sem importância
Quando farão o mesmo comigo? Quando estes olhares não transmitirão deboche?
Na raridade do encarar, pedidos de desculpas me incendeiam
Vozes tão escassas ultrapassam meu corpo sem mostrarem respeito
Esta divina atenção torna-se melancólica ao desaparecer
Onde é o meu lugar neste mundo confuso? Diga-me
O frio é a minha casa, e o espelho minha companhia
Até mesmo quando as lágrimas afluem em meu rosto
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Aguardo ansiosamente alguém me salvar
Este sorriso forçado que faço ao cumprimentá-los
Esconde pensamentos longinquos e ilógicos
Nesta vida deslocada, não há lugar para uma realidade artificial
A hora de descansar chegou
Sem que ninguém viesse se despedir
Assim como as nuvens, sou carregado por algo que desconheço
Por este vento que muda minha forma constantemente
Apontam apenas para rir e comparar às outras
Preferia estar mergulhado no fundo do mar
Um aquário abandonado, no fundo de um quarto escuro
Minha realidade é tão fraca quanto este vidro
Que sempre nos separou, tão frágil, impossível de trespassar
Um quadro empoeirado, pregado no alto de uma parede
Minha realidade é tão simples quanto esta imagem
Que de tão comum, tão visível, tornou-se esquecida
Uma relação acabada, uma aproximação que nunca começou
Minha realidade é tão fraca quanto esta idéia
Tão cruel que chega a machucar, impossível de cicatrizar
E nesta faísca de vida, aguardo ansiosamente alguém me salvar
sábado, 6 de dezembro de 2008
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3 comentários:
*-* a Karla gosta desse poema..ok ele é triste ne o.o''' mas isso é uma marca nos poemas de papa nao?=P
Enfim xD mas eu gosto \o/
A Karla é tão feliz, né?
Hahahahaha. Adoro esse jeitinho dela. Parece estar sempre muito serelepe e saltitante.
Acho que consigo enxergar algo que você me falou sobre você, há algum tempo, neste texto. No segundo "parágrafo". Não sei se tem alguma relação, mas eu me lembrei de uma conversa por MSN ao ler esse pedacinho.
Fonftka deveria fazer um blog também, não acha? Vamos! Vamos trazer todo mundo para o mundo blogueiro, cada um postando as suas (in)utilidades e sendo felizes, comentando uns nos blogs dos outros e fazendo uma corrente virtual. Hahahahahahahahaa. Viajei.
Keep doing this,
Weick.
Sim^^
Eu rio com tudo que ela faz. Essa menina tem uma graça incrível, quase irresistível, não é a toa que tanta gente gosta dela =P
Beijos do papai coruja, Karla
=**
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