sábado, 6 de dezembro de 2008

Realidade

Hehe, que coincidência pôr este título após o post anterior. Mas realmente não foi de propósito. Dei uma pausa nas postagens de poesias para dar continuação ao texto de introdução ao blog. Este pegou até a mim de surpresa. Farei outros depois, se puder. Retorno agora a publicação dos poemas até o final, espero, ou talvez dê outra pausa se algo vier a minha cabeça.

Sentimentos a meia-distância foi, como Per Capita, um poema com um fundo não tão melancólico assim. É como eu o vejo. Era pra ser um poema feito na companhia de outra pessoa (o Fonftka), mas eu acho que o fiz praticamente sozinho, não? (você se incomoda com isso, Fontka?) Porém a verdade é que ele fez junto comigo e eu gosto bastante deste trabalho. Valeu, Fonftka!

Retorno agora a parte dos poemas que eu gosto bastante, apenas Espiral mesmo que não me agrada muito. O anterior também é legal, mas é a partir de agora que eu me comovo mais lendo...

Realidade (29/04/08)

Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar

Na ida e vinda dos dias monótonos, caminho com o rosto abaixado

Sem sorrir e sem chorar, testemunhando fatos alheios de vidas sem importância
Quando farão o mesmo comigo? Quando estes olhares não transmitirão deboche?
Na raridade do encarar, pedidos de desculpas me incendeiam

Vozes tão escassas ultrapassam meu corpo sem mostrarem respeito

Esta divina atenção torna-se melancólica ao desaparecer
Onde é o meu lugar neste mundo confuso? Diga-me
O frio é a minha casa, e o espelho minha companhia
Até mesmo quando as lágrimas afluem em meu rosto

Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras

Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Aguardo ansiosamente alguém me salvar

Este sorriso forçado que faço ao cumprimentá-los

Esconde pensamentos longinquos e ilógicos
Nesta vida deslocada, não há lugar para uma realidade artificial
A hora de descansar chegou
Sem que ninguém viesse se despedir

Assim como as nuvens, sou carregado por algo que desconheço

Por este vento que muda minha forma constantemente
Apontam apenas para rir e comparar às outras
Preferia estar mergulhado no fundo do mar

Um aquário abandonado, no fundo de um quarto escuro

Minha realidade é tão fraca quanto este vidro
Que sempre nos separou, tão frágil, impossível de trespassar

Um quadro empoeirado, pregado no alto de uma parede

Minha realidade é tão simples quanto esta imagem
Que de tão comum, tão visível, tornou-se esquecida

Uma relação acabada, uma aproximação que nunca começou

Minha realidade é tão fraca quanto esta idéia
Tão cruel que chega a machucar, impossível de cicatrizar
E nesta faísca de vida, aguardo ansiosamente alguém me salvar

3 comentários:

Anônimo disse...

*-* a Karla gosta desse poema..ok ele é triste ne o.o''' mas isso é uma marca nos poemas de papa nao?=P
Enfim xD mas eu gosto \o/

VSam disse...

A Karla é tão feliz, né?
Hahahahaha. Adoro esse jeitinho dela. Parece estar sempre muito serelepe e saltitante.

Acho que consigo enxergar algo que você me falou sobre você, há algum tempo, neste texto. No segundo "parágrafo". Não sei se tem alguma relação, mas eu me lembrei de uma conversa por MSN ao ler esse pedacinho.

Fonftka deveria fazer um blog também, não acha? Vamos! Vamos trazer todo mundo para o mundo blogueiro, cada um postando as suas (in)utilidades e sendo felizes, comentando uns nos blogs dos outros e fazendo uma corrente virtual. Hahahahahahahahaa. Viajei.

Keep doing this,
Weick.

Unknown disse...

Sim^^
Eu rio com tudo que ela faz. Essa menina tem uma graça incrível, quase irresistível, não é a toa que tanta gente gosta dela =P
Beijos do papai coruja, Karla
=**