Não sei se todos perceberam (e espero que não, ou este comentário seria inútil) e, portanto, achei válido ressaltar que os números que acompanham cada título são a data em que fiz o poema. Para ser mais exato, a data em que comecei a fazê-lo. Posteriormente passei para a data que o terminei, mas isto deve aparecer somente a partir da segunda metade deste pequeno grupo de poesias (a partir do 7°, talvez). Então a ordem cronológica de alguns deles estarão embaralhadas e espero que ninguém estranhe isso, hehe.
Outra coisa interessante, pelo menos para mim, é o tempo curto entre os primeiros poemas, todos os 3 primeiros foram feitos em Março deste ano e, na verdade, até mesmo o 5° foi feito em Março. Acho que me empolguei bastante com isso e fiz um monte logo de cara, mas ao longo do ano deixei apenas para os momentos de inspiração e a distância entre cada um deles se tornou maior.
Quanto ao poema do post anterior... Pode não ter sido o começo da minha tristeza, mas com certeza foi o começo dos meus poemas mais tristes. Miragem fala de um homem morto, e fala de mim. Como eu me sentia sem vida e sozinho, como eu via como era caminhar entre as pessoas. Pois bem, eu não morri. Não de verdade, porém algo em mim assim se sentia e isso criou a Miragem. E a pergunta ainda não desapareceu...
Amor Amaldiçoado (01/04/08)
Peça por peça, este quebra-cabeça está desabando
Como a neve a este céu de sentimentos congelar
Distanciando nossas vidas, uma fenda rasga nossa ligação
Queria nunca ter começado a amar
O dilema da distância
Devo forçar-me a uma conciliação
Ou esperar a boa vontade de Deus para isso?
Caso não tenha percebido, seu desaparecer me afeta muito
Irresponsabilidade que retira a presença
Uma maldição caiu sobre nós
Até onde um simples erro pode levar
Para me deixar tão só?
Um luto que excede estações
Chuvas melancólicas, um calor que não é seu
Ao morrer com o verde, o frio não conserva sua imagem
Mas para mim, tudo permanece a desbotar
A pena ainda não terminou, mas não durará muito
O vulto fétido ergueu-se nas sombras
Abrace-me, deixe-me sentir o cheiro de terra molhada
Mate-me, deixe-me sentir o mesmo perecer
Salve-me, a eternidade por si só é um inferno
O purgatório não é o bastante, traga-me mais aflições,
para que esta culpa ligeiramente deixe meu ser
Abrace-me, deixe-nos dividir este momento
Mate-me, meu corpo ainda lhe pertence
Salve-me, a saudade por si só é um inferno
Palavras não descrevem sentimentos
Nem contam perdas precisamente
Esta maldição que caiu sobre nós
Agora dorme gentilmente
sábado, 29 de novembro de 2008
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2 comentários:
Agora um texto com um desfecho mais "agradável", não é?
"E a maldição que caiu sobre nós / Agora dorme gentilmente".
A parte que eu mais gostei foi a que fala que "Palavras não descrevem sentimentos". Não descrevem mesmo. E nunca conseguirão, ao menos os sentimentos mais profundos e sinceros.
Keep doing this,
Weick. ^^
esse é um dos seus poemas que mais se identificaram com o que eu sentia em certas épocas.. até hoje... vc sabe né T.T"
enfim... >.<
preciso sempre elogiar.. vc escreve muitíssimo bem!
beijinhos filhinho adorado ^^/
Chelli
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