Lua é o último poema deste (pelo menos para mim) maravilhoso começo. "Lamentações sob o céu nublado" mesmo sendo triste, possui um forte significado para mim e este final diferente é tudo. Marca o fim de uma era e funciona como um prólogo para a próxima etapa. Espero apenas que esta nova etapa esteja com mais sentimentos animadores. Sendo um ciclo, tendo seu começo e seu fim, não quer dizer que vá parar por aí. Outro ciclo começa quando um acaba, sempre é assim.
Meu próximo passo já foi decidido. Um conto. Como disse outra vez, minha cabeça logo traria algo novo para postar aqui e assim o fez. Em breve começarei a postar fragmentos de uma história, um conto. Fazendo jus ao tema do blog, mergulhando novamente no mundo dos sonhos e das ilusões, onde pessoas se deixam levar pela felicidade momentânea, ludibriadas por um presente magnífico e esquecendo que tal presente também trás malefícios. Um pesadelo mascarado, talvez. Uma sombra que se rasteja atrás da esperança...
Por fim, um amontoado de palavras para refletir. Algumas não possuem significados nem para mim, mas montou um pequeno ciclo (foi este que deu origem ao título da postagem). E aí está:
Ciclo
Nada. Morte. Medo. Dor. Fuga. Batalha. Sobrevivência. Necessidades. Desafio. Superação. Vitória. Prazer. Vida. Paz. Felicidade. Amigos. Lembranças. Tempo. Passado. Nostalgia. Tristeza. Solidão. Doença. Fim. Vazio.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Lua e conclusão
Enfim termino de postar este primeiro bloco. 13 poemas. Número sugestivo, não? Se pensar que comecei isso num tópico de letras de música, seria um bom número para um álbum. Mas são apenas poemas e não músicas, infelizmente.
Confusão foi outra poesia que eu gostei. Mas só quando a terminei, quando fiz os primeiros quinze versos, havia odiado o resultado. Aliás, eu sempre critico o que faço e penso em remodelar tudo, até alguém o ler e dizer que está bom. Após ouvir comentários do tipo duas ou três vezes, passo a enxergar de outra forma. Porém não aconteceu assim com Confusão, odiei os primeiros quinze versos e resolvi embaralhar tudo, mantendo um outro sentido. E assim o fiz. Adorei o resultado imediatamente.
Lua (27/10/08)
O tempo não seria igual na sua ausência
Se souber disso, por que choras?
Afagá-la-ei sempre que estiveres triste
Pois sabes o quão importante és para mim
Se souber disso, por que se afastas?
Mesmo que confronte a luz certos dias
A verdade é que nunca quis ferir ninguém
Mesmo que a escuridão crie nestas ocasiões
Ainda estarei aqui para animá-la
Portanto, mostre-se durante a luz sem temor
Infinita resplandecente graciosa
E até na refração de teu ego
Possui uma pureza inquestionável
Seja de vermelho, amarelo
Ou em seu linho prata
Vamos, deite-se
E quando a noite cair neste tedioso lar
Entenderá que há muito mais afeição aqui
Do que em qualquer outro lugar
Percebendo isso, sorrirás para mim?
Converta seu carinho em salvação
O frio não impede de abraçar
Pois sei que o céu não seria o mesmo sem você
E sabes que amar demais não faz mal
Portanto, mostre-se durante a luz sem temor
Infinita resplandecente graciosa
E até no sofrimento das más estações
Possui uma pureza inquestionável
Seja ontem, hoje
Ou quando nos encontrarmos de novo
Infinita resplandecente graciosa
E até em seu silente sono profundo
Possui uma pureza inquestionávelS
eja sorrindo, seja chorando
Ou descansando em sua fragilidade
Confusão foi outra poesia que eu gostei. Mas só quando a terminei, quando fiz os primeiros quinze versos, havia odiado o resultado. Aliás, eu sempre critico o que faço e penso em remodelar tudo, até alguém o ler e dizer que está bom. Após ouvir comentários do tipo duas ou três vezes, passo a enxergar de outra forma. Porém não aconteceu assim com Confusão, odiei os primeiros quinze versos e resolvi embaralhar tudo, mantendo um outro sentido. E assim o fiz. Adorei o resultado imediatamente.
Lua (27/10/08)
O tempo não seria igual na sua ausência
Se souber disso, por que choras?
Afagá-la-ei sempre que estiveres triste
Pois sabes o quão importante és para mim
Se souber disso, por que se afastas?
Mesmo que confronte a luz certos dias
A verdade é que nunca quis ferir ninguém
Mesmo que a escuridão crie nestas ocasiões
Ainda estarei aqui para animá-la
Portanto, mostre-se durante a luz sem temor
Infinita resplandecente graciosa
E até na refração de teu ego
Possui uma pureza inquestionável
Seja de vermelho, amarelo
Ou em seu linho prata
Vamos, deite-se
E quando a noite cair neste tedioso lar
Entenderá que há muito mais afeição aqui
Do que em qualquer outro lugar
Percebendo isso, sorrirás para mim?
Converta seu carinho em salvação
O frio não impede de abraçar
Pois sei que o céu não seria o mesmo sem você
E sabes que amar demais não faz mal
Portanto, mostre-se durante a luz sem temor
Infinita resplandecente graciosa
E até no sofrimento das más estações
Possui uma pureza inquestionável
Seja ontem, hoje
Ou quando nos encontrarmos de novo
Infinita resplandecente graciosa
E até em seu silente sono profundo
Possui uma pureza inquestionávelS
eja sorrindo, seja chorando
Ou descansando em sua fragilidade
sábado, 13 de dezembro de 2008
Confusão
Estou prestes a terminar este primeiro bloco de poesias: Lamentações sob o céu nublado. Falta pouco, apenas 2 poesias, sendo que uma é da postagem de hoje. Após isso, devo dar uma pequena pausa nas postagens aqui. Por falta de assunto mesmo. Sei que minha cabeça logo me trará algo mais para pôr aqui, mas até lá, uma provável pequena pausa. E depois disso, um ritmo mais lento mesmo. Quem sabe não vem outro fragmento do texto que deu origem ao blog?
Onda... Ela possui uma característica interessante. Tem duas datas, uma de quando iniciei e outra de quando terminei. Aliás, é o único poema assim. Interessante também que Confusão foi feito entre esses dias e como comecei depois, ele entra depois na contagem.
E não consigo falar mais nada sobre isso...
Confusão (23/10/08)
Eu odeio a mim mesmo
E desprezo minhas necessidades
Zombo de meus amores
E critico minhas respostas
Afinal, este não é um lugar para mim
Na remota possibilidade de ferir alguém
Optando por me afogar à matar
Abstrata demais é a imagem formada
Para algum significado carregar
Mentiras, foi apenas o que caiu do céu
Vazio, o chão se assemelha a um mar de espinhos
Estupidez, e o que mais puder aflorar
Misturando sonho e realidade, corro para a espiral de confusão
E misturando sangue e restauração, quebro as correntes da sanidade
E o fim se mostra o começo
Eu odeio a mim mesmo
Na remota possibilidade de ferir alguém
Misturando sonho e realidade, corro para a espiral de confusão
Afinal, este não é um lugar para mim
E critico minhas respostas
Estupidez, e o que mais puder aflorar
Zombo de meus amores
E desprezo minhas necessidades
Optando por me afogar à matar
Vazio, o chão se assemelha a um mar de espinhos
E misturando sangue e restauração, quebro as correntes da sanidade
Mentiras, foi apenas o que caiu do céu
E o fim se mostra o começo
Para algum signficado carregar
Abstrata demais é a imagem formada
Onda... Ela possui uma característica interessante. Tem duas datas, uma de quando iniciei e outra de quando terminei. Aliás, é o único poema assim. Interessante também que Confusão foi feito entre esses dias e como comecei depois, ele entra depois na contagem.
E não consigo falar mais nada sobre isso...
Confusão (23/10/08)
Eu odeio a mim mesmo
E desprezo minhas necessidades
Zombo de meus amores
E critico minhas respostas
Afinal, este não é um lugar para mim
Na remota possibilidade de ferir alguém
Optando por me afogar à matar
Abstrata demais é a imagem formada
Para algum significado carregar
Mentiras, foi apenas o que caiu do céu
Vazio, o chão se assemelha a um mar de espinhos
Estupidez, e o que mais puder aflorar
Misturando sonho e realidade, corro para a espiral de confusão
E misturando sangue e restauração, quebro as correntes da sanidade
E o fim se mostra o começo
Eu odeio a mim mesmo
Na remota possibilidade de ferir alguém
Misturando sonho e realidade, corro para a espiral de confusão
Afinal, este não é um lugar para mim
E critico minhas respostas
Estupidez, e o que mais puder aflorar
Zombo de meus amores
E desprezo minhas necessidades
Optando por me afogar à matar
Vazio, o chão se assemelha a um mar de espinhos
E misturando sangue e restauração, quebro as correntes da sanidade
Mentiras, foi apenas o que caiu do céu
E o fim se mostra o começo
Para algum signficado carregar
Abstrata demais é a imagem formada
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Onda
Nossa chuva é... Provavelmente o meu poema preferido. Uma vez eu li em algum lugar que poemas são formados em momentos. E sei que com o tempo o sentimento que nos levou a escrevê-los pode desaparecer, acontece comigo também. Mas com este poema é diferente, eu ainda sinto toda sua força ao relê-lo e o adoro por isso. Creio também que é uma "evolução" minha na hora de compor. E está aí, você pediu, Vini, então eu postei (postaria mesmo se não pedisse).
Onda (19/10/08) ~ (27/10/08)
Suas palavras são documentos para minha alma
E suas atitudes ferem meu amor
Sorrateiramente uma loucura se depositou
Em pilastras que nem Ele salva
Mesmo sabendo disso, ainda não reagiu
Mergulhando num mar de desejos
O emaranhado de freqüências oculta sua presença
E a saudade parece acariciar gentilmente
As alucinações de uma doce fantasia
E mesmo que o vento mude de direção
Sinto que nada se transformará
Pois este clamor remete ao princípio
de um ondeado ciclo perverso
É como viver em um quadro
Estagnado e deixado para trás
Onda,
Este afeto de cristas e vales
Fingi se mover entre nós dois
Onda,
Em picos e depressões de transes
De periodicidade insensível
Onda,
Incapaz de refletir os anseios
Nem de levar consigo alívios
Minucioso toque depreciativo
Abalando sentimentos tangentes
Decompõe a razão e exalta o egoísmo
Estremecendo mundos interiores
Calamidade que devora a si mesma
Vejo o afluxo sobrepor-se a esperança
Vejo a forma real de um medo fantasmagórico
Ouço a dor em gemidos distantes e estrondosos
Ouço sua clara desaprovação restringir-me
Oro para que estas desavenças não originem
Uma fissura nos laços frágeis tão desgastados
E que esta onda de ternura tão calorosa regresse
Pura e incontrolável, poderosa e eterna
Onda,
Este afeto de rapidez indesejada
Aparenta arruinar-se nas próprias colisões
Onda,
Sem lugar para se propagar
Perturbação de dimensões colossais
Onda,
Inclina-se na ida e volta
De uma prece sem realização
Meus dizeres são documentos para sua essência
E minhas ações ferem a sua gratidão
Sorrateiramente um rancor se depositou
Em pilastras que nem posso enxergar
Mesmo sabendo disso, ainda não lhe abracei
Onda (19/10/08) ~ (27/10/08)
Suas palavras são documentos para minha alma
E suas atitudes ferem meu amor
Sorrateiramente uma loucura se depositou
Em pilastras que nem Ele salva
Mesmo sabendo disso, ainda não reagiu
Mergulhando num mar de desejos
O emaranhado de freqüências oculta sua presença
E a saudade parece acariciar gentilmente
As alucinações de uma doce fantasia
E mesmo que o vento mude de direção
Sinto que nada se transformará
Pois este clamor remete ao princípio
de um ondeado ciclo perverso
É como viver em um quadro
Estagnado e deixado para trás
Onda,
Este afeto de cristas e vales
Fingi se mover entre nós dois
Onda,
Em picos e depressões de transes
De periodicidade insensível
Onda,
Incapaz de refletir os anseios
Nem de levar consigo alívios
Minucioso toque depreciativo
Abalando sentimentos tangentes
Decompõe a razão e exalta o egoísmo
Estremecendo mundos interiores
Calamidade que devora a si mesma
Vejo o afluxo sobrepor-se a esperança
Vejo a forma real de um medo fantasmagórico
Ouço a dor em gemidos distantes e estrondosos
Ouço sua clara desaprovação restringir-me
Oro para que estas desavenças não originem
Uma fissura nos laços frágeis tão desgastados
E que esta onda de ternura tão calorosa regresse
Pura e incontrolável, poderosa e eterna
Onda,
Este afeto de rapidez indesejada
Aparenta arruinar-se nas próprias colisões
Onda,
Sem lugar para se propagar
Perturbação de dimensões colossais
Onda,
Inclina-se na ida e volta
De uma prece sem realização
Meus dizeres são documentos para sua essência
E minhas ações ferem a sua gratidão
Sorrateiramente um rancor se depositou
Em pilastras que nem posso enxergar
Mesmo sabendo disso, ainda não lhe abracei
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Nossa chuva
Para onde Caminhar foi, a meu ver, o vale de minha tristeza. O ponto mais profundo do abismo que mergulhei, embora talvez tivesse mais ainda o que descer. Ou, como prefiro ver, era o fundo do mar. Faço questão de dizer com clareza boa parte do que escrevi naquele poema que mais me marcou.
Me via totalmente perdido, tudo era despotado, sem cor, sem vida. E continuar a viver me parecia sem significado, tedioso e monótono, se não doloroso. Era como eu via o mundo, era como eu via como estava. No fundo do mar,um lugar escuro, que me apertava, que me levava, que me sufocava. Frias e pesadas, eram as correntes, tanto do mar quanto de ferro, que me guiavam naquele mundo (ou que me estagnavam, se preferir). E eu continuava a tentar sair de lá, embora só visse escuro a minha volta, estava perdido.
Violação de direitos, que disse ali... Foi como me senti ao ouvir de algumas pessoas que eu tinha porque tinha de melhorar, como se eu não tivesse o direito de estar/ficar triste... Diga isso para alguém que chora, algum dia vai levar uma sova. Era um lugar solitário e, por fim, percebendo que todo aquele oceano foi formado por minhas próprias lágrimas, continuava a caminhar na busca da saída.
Posso dizer que hoje não estou fora daquele mar, mas pelo menos estou em sua superfície. Talvez em algum momento eu afunde de novo, talvez em algum momento eu encontre a terra firme...
Nossa chuva (09/09/08)
Uma gota no crepúsculo
Atravessa célere o celeste
A primeira numa série de eventos
seqüenciados e terríveis como uma torrente
fragilizando nossa oração
e reluzindo em nossa solidão
A confusão que se seguiu
e que inibiu a luz da crença
não tão distante de nós
e ainda indecifrável
mascarada, escondida
voraz perseguidora de anseios
devorou nossa compaixão
É como girar de olhos vendados
Sentindo as gotas frias tocar as costas
E o som pesado das águas abafar sua voz
Por favor, não me deixe
A paisagem que nos pertence
Colorida como o céu nublado
Ainda parece caminhar para longe
Como que sugerindo um rumo a tomar
Umedecendo nossos sentimentos
na nostalgia de nossa história
A chuva que caiu
e que rasgou os nossos laços
em batidas lentas e persistentes
Agora se afasta suave como uma brisa
Como se nada tivesse acontecido
Empecilho egoísta e prepotente
É como cair desacordado
Sentindo seu calor se dissipar
E a força em suas asas se esvaecer
Por favor, não me largue
O ciclo pluvial de erros nos atingiu
Sedimentou o meu coração de pedra
E agora que o sinto despedaçado
Moldo o seu rosto em minhas lembranças
Como se isto bastasse para retornar
É como elevar-se sem liberdades
Observar distante os sorrisos falsos
E caminhar de mãos fechadas, para amenizar a solidão
É como gravar um vídeo do passado
E revê-lo vezes sem conta
Esperando que o tempo também regrida
Sonhando com um novo céu azul
Nossa chuva ainda caina época paralisada pelo choque
E este desejo se precipita entre tantos outros
Por favor, não me esqueça
Me via totalmente perdido, tudo era despotado, sem cor, sem vida. E continuar a viver me parecia sem significado, tedioso e monótono, se não doloroso. Era como eu via o mundo, era como eu via como estava. No fundo do mar,um lugar escuro, que me apertava, que me levava, que me sufocava. Frias e pesadas, eram as correntes, tanto do mar quanto de ferro, que me guiavam naquele mundo (ou que me estagnavam, se preferir). E eu continuava a tentar sair de lá, embora só visse escuro a minha volta, estava perdido.
Violação de direitos, que disse ali... Foi como me senti ao ouvir de algumas pessoas que eu tinha porque tinha de melhorar, como se eu não tivesse o direito de estar/ficar triste... Diga isso para alguém que chora, algum dia vai levar uma sova. Era um lugar solitário e, por fim, percebendo que todo aquele oceano foi formado por minhas próprias lágrimas, continuava a caminhar na busca da saída.
Posso dizer que hoje não estou fora daquele mar, mas pelo menos estou em sua superfície. Talvez em algum momento eu afunde de novo, talvez em algum momento eu encontre a terra firme...
Nossa chuva (09/09/08)
Uma gota no crepúsculo
Atravessa célere o celeste
A primeira numa série de eventos
seqüenciados e terríveis como uma torrente
fragilizando nossa oração
e reluzindo em nossa solidão
A confusão que se seguiu
e que inibiu a luz da crença
não tão distante de nós
e ainda indecifrável
mascarada, escondida
voraz perseguidora de anseios
devorou nossa compaixão
É como girar de olhos vendados
Sentindo as gotas frias tocar as costas
E o som pesado das águas abafar sua voz
Por favor, não me deixe
A paisagem que nos pertence
Colorida como o céu nublado
Ainda parece caminhar para longe
Como que sugerindo um rumo a tomar
Umedecendo nossos sentimentos
na nostalgia de nossa história
A chuva que caiu
e que rasgou os nossos laços
em batidas lentas e persistentes
Agora se afasta suave como uma brisa
Como se nada tivesse acontecido
Empecilho egoísta e prepotente
É como cair desacordado
Sentindo seu calor se dissipar
E a força em suas asas se esvaecer
Por favor, não me largue
O ciclo pluvial de erros nos atingiu
Sedimentou o meu coração de pedra
E agora que o sinto despedaçado
Moldo o seu rosto em minhas lembranças
Como se isto bastasse para retornar
É como elevar-se sem liberdades
Observar distante os sorrisos falsos
E caminhar de mãos fechadas, para amenizar a solidão
É como gravar um vídeo do passado
E revê-lo vezes sem conta
Esperando que o tempo também regrida
Sonhando com um novo céu azul
Nossa chuva ainda caina época paralisada pelo choque
E este desejo se precipita entre tantos outros
Por favor, não me esqueça
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Para onde Caminar
Realidade... Esse poema me faz pensar em alguém importante que está se perdendo, assim como eu estava... Embora ache que esta pessoa não queira ser salva.
Para onde Caminhar (29/08/08)
Quando o tempo pára
Até as cores da vida podem desaparecer
Mas as sensações e os sentimentos perduram
Nesta caminhada de passos lentos e dolorosos
Tediosa e sonolenta caminhada...
O desespero que surge em bolhase que se lança sozinho para fora
retirando-me o ar e a consciência
Já é sinal de minha localização
Visões e sombras que circulam a volta da saudade
Tão desorientadas quanto solitárias
Frutos de uma tristeza sem fundamentos
Ainda buscam por sua libertação
Oceano de águas frias e pesadas
Tão espessamente escuras
A perderem em si mesmas
Uma saída para tudo isto
Este breu é reflexo meu
E aonde apenas as correntes chegam
presas a esta terra de água
O ser conflitante está dormente
Há algo que ainda não desapareceu
E está onde as coordenadas são imprecisas
Tateando a areia no fundo de um isolamento
Cortando os pés ao arrastá-los pelo desconhecido
Ainda que não visse tudo que desaba ao redor
Criando um labirinto ainda mais perturbador
Idéia esta vaga o bastante
Para criar mais uma ilusão nesta dor
Está afogando resquícios de esperança
Pois onde há alguém aprisionado não há esperança
Violação de direitos
Um conceito distorcido e macabro
Presente em luzes pertencentes a outro plano
E quanto mais distante da felicidade
Menos resta o que defender
Castelo sem forma
Nascido de um castigo sem berço
Imensurável e intangível
E ironicamente vazio
Inquietação e sufocação
Desejos navegam sobre o esquecido
Onde até o amor já se consumiu
E se espalhou quebradiço no torpor
As lágrimas criaram este mundo
E a solidão acompanhou esta noite
Em que os sussurros inaudíveis permanecem
Tão escassos e esconsos
Quanto as estrelas a iluminar este solo
O sonho segue sem rumo e sem tempo
Forçando para dentro e para trás
Abrindo uma estrada ainda invisível
Nesta jornada de passos lentos e dolorosos
Tediosa e sonolenta caminhada...
Para onde Caminhar (29/08/08)
Quando o tempo pára
Até as cores da vida podem desaparecer
Mas as sensações e os sentimentos perduram
Nesta caminhada de passos lentos e dolorosos
Tediosa e sonolenta caminhada...
O desespero que surge em bolhase que se lança sozinho para fora
retirando-me o ar e a consciência
Já é sinal de minha localização
Visões e sombras que circulam a volta da saudade
Tão desorientadas quanto solitárias
Frutos de uma tristeza sem fundamentos
Ainda buscam por sua libertação
Oceano de águas frias e pesadas
Tão espessamente escuras
A perderem em si mesmas
Uma saída para tudo isto
Este breu é reflexo meu
E aonde apenas as correntes chegam
presas a esta terra de água
O ser conflitante está dormente
Há algo que ainda não desapareceu
E está onde as coordenadas são imprecisas
Tateando a areia no fundo de um isolamento
Cortando os pés ao arrastá-los pelo desconhecido
Ainda que não visse tudo que desaba ao redor
Criando um labirinto ainda mais perturbador
Idéia esta vaga o bastante
Para criar mais uma ilusão nesta dor
Está afogando resquícios de esperança
Pois onde há alguém aprisionado não há esperança
Violação de direitos
Um conceito distorcido e macabro
Presente em luzes pertencentes a outro plano
E quanto mais distante da felicidade
Menos resta o que defender
Castelo sem forma
Nascido de um castigo sem berço
Imensurável e intangível
E ironicamente vazio
Inquietação e sufocação
Desejos navegam sobre o esquecido
Onde até o amor já se consumiu
E se espalhou quebradiço no torpor
As lágrimas criaram este mundo
E a solidão acompanhou esta noite
Em que os sussurros inaudíveis permanecem
Tão escassos e esconsos
Quanto as estrelas a iluminar este solo
O sonho segue sem rumo e sem tempo
Forçando para dentro e para trás
Abrindo uma estrada ainda invisível
Nesta jornada de passos lentos e dolorosos
Tediosa e sonolenta caminhada...
sábado, 6 de dezembro de 2008
Realidade
Hehe, que coincidência pôr este título após o post anterior. Mas realmente não foi de propósito. Dei uma pausa nas postagens de poesias para dar continuação ao texto de introdução ao blog. Este pegou até a mim de surpresa. Farei outros depois, se puder. Retorno agora a publicação dos poemas até o final, espero, ou talvez dê outra pausa se algo vier a minha cabeça.
Sentimentos a meia-distância foi, como Per Capita, um poema com um fundo não tão melancólico assim. É como eu o vejo. Era pra ser um poema feito na companhia de outra pessoa (o Fonftka), mas eu acho que o fiz praticamente sozinho, não? (você se incomoda com isso, Fontka?) Porém a verdade é que ele fez junto comigo e eu gosto bastante deste trabalho. Valeu, Fonftka!
Retorno agora a parte dos poemas que eu gosto bastante, apenas Espiral mesmo que não me agrada muito. O anterior também é legal, mas é a partir de agora que eu me comovo mais lendo...
Realidade (29/04/08)
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Na ida e vinda dos dias monótonos, caminho com o rosto abaixado
Sem sorrir e sem chorar, testemunhando fatos alheios de vidas sem importância
Quando farão o mesmo comigo? Quando estes olhares não transmitirão deboche?
Na raridade do encarar, pedidos de desculpas me incendeiam
Vozes tão escassas ultrapassam meu corpo sem mostrarem respeito
Esta divina atenção torna-se melancólica ao desaparecer
Onde é o meu lugar neste mundo confuso? Diga-me
O frio é a minha casa, e o espelho minha companhia
Até mesmo quando as lágrimas afluem em meu rosto
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Aguardo ansiosamente alguém me salvar
Este sorriso forçado que faço ao cumprimentá-los
Esconde pensamentos longinquos e ilógicos
Nesta vida deslocada, não há lugar para uma realidade artificial
A hora de descansar chegou
Sem que ninguém viesse se despedir
Assim como as nuvens, sou carregado por algo que desconheço
Por este vento que muda minha forma constantemente
Apontam apenas para rir e comparar às outras
Preferia estar mergulhado no fundo do mar
Um aquário abandonado, no fundo de um quarto escuro
Minha realidade é tão fraca quanto este vidro
Que sempre nos separou, tão frágil, impossível de trespassar
Um quadro empoeirado, pregado no alto de uma parede
Minha realidade é tão simples quanto esta imagem
Que de tão comum, tão visível, tornou-se esquecida
Uma relação acabada, uma aproximação que nunca começou
Minha realidade é tão fraca quanto esta idéia
Tão cruel que chega a machucar, impossível de cicatrizar
E nesta faísca de vida, aguardo ansiosamente alguém me salvar
Sentimentos a meia-distância foi, como Per Capita, um poema com um fundo não tão melancólico assim. É como eu o vejo. Era pra ser um poema feito na companhia de outra pessoa (o Fonftka), mas eu acho que o fiz praticamente sozinho, não? (você se incomoda com isso, Fontka?) Porém a verdade é que ele fez junto comigo e eu gosto bastante deste trabalho. Valeu, Fonftka!
Retorno agora a parte dos poemas que eu gosto bastante, apenas Espiral mesmo que não me agrada muito. O anterior também é legal, mas é a partir de agora que eu me comovo mais lendo...
Realidade (29/04/08)
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Na ida e vinda dos dias monótonos, caminho com o rosto abaixado
Sem sorrir e sem chorar, testemunhando fatos alheios de vidas sem importância
Quando farão o mesmo comigo? Quando estes olhares não transmitirão deboche?
Na raridade do encarar, pedidos de desculpas me incendeiam
Vozes tão escassas ultrapassam meu corpo sem mostrarem respeito
Esta divina atenção torna-se melancólica ao desaparecer
Onde é o meu lugar neste mundo confuso? Diga-me
O frio é a minha casa, e o espelho minha companhia
Até mesmo quando as lágrimas afluem em meu rosto
Uma estrela distante, presente apenas nas noites mais escuras
Minha realidade é tão fraca quanto esta luz
Tão difícil de enxergar, impossível de tocar
Aguardo ansiosamente alguém me salvar
Este sorriso forçado que faço ao cumprimentá-los
Esconde pensamentos longinquos e ilógicos
Nesta vida deslocada, não há lugar para uma realidade artificial
A hora de descansar chegou
Sem que ninguém viesse se despedir
Assim como as nuvens, sou carregado por algo que desconheço
Por este vento que muda minha forma constantemente
Apontam apenas para rir e comparar às outras
Preferia estar mergulhado no fundo do mar
Um aquário abandonado, no fundo de um quarto escuro
Minha realidade é tão fraca quanto este vidro
Que sempre nos separou, tão frágil, impossível de trespassar
Um quadro empoeirado, pregado no alto de uma parede
Minha realidade é tão simples quanto esta imagem
Que de tão comum, tão visível, tornou-se esquecida
Uma relação acabada, uma aproximação que nunca começou
Minha realidade é tão fraca quanto esta idéia
Tão cruel que chega a machucar, impossível de cicatrizar
E nesta faísca de vida, aguardo ansiosamente alguém me salvar
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Insônia
Privação do sono; grande dificuldade para dormir; vigília. Se o sonho é a ilusão das ilusões, o que seria a insônia? O oposto da fantasia não seria a realidade? O estado de “vigília” não corresponde conviver com o “real”? Ora, poderia ser esta a solução para aqueles que não desejam se chocar com o fim de um sonho agradável?
Acontece que quando estamos com insônia, algo em nós nos diz para dormirmos, para sonharmos. Há algo em nós que nos faz buscar pelo irreal e a convivência duradoura (ou absoluta) com a realidade pode nos desagradar. Lucubrar demais pode se tornar perigoso. Pois a perda dos sonhos não seria a perda da vontade de viver? E a vida não se faz na “vigília”? Isso me faz pensar que sonhamos para viver e vivemos para sonhar. Um ciclo que se faz necessário para a vida e que pode destruí-la ao se romper. E a insônia é a vilã da miragem que nos faz bem e mal, que nos faz feliz e triste, que nos protege e nos assusta. A insônia poderia romper o ciclo de sonhos que sustentam a vida?
Pobre criatura é o ser humano. Preso a tantos mistérios, abandonado em tantas dúvidas, buscando as incertezas do futuro em pensamentos fantasiosos, e se algo der errado, ainda se lamenta. Pois bem, eu tive uma insônia... E ela esteve se alimentando de meus sonhos...
Acontece que quando estamos com insônia, algo em nós nos diz para dormirmos, para sonharmos. Há algo em nós que nos faz buscar pelo irreal e a convivência duradoura (ou absoluta) com a realidade pode nos desagradar. Lucubrar demais pode se tornar perigoso. Pois a perda dos sonhos não seria a perda da vontade de viver? E a vida não se faz na “vigília”? Isso me faz pensar que sonhamos para viver e vivemos para sonhar. Um ciclo que se faz necessário para a vida e que pode destruí-la ao se romper. E a insônia é a vilã da miragem que nos faz bem e mal, que nos faz feliz e triste, que nos protege e nos assusta. A insônia poderia romper o ciclo de sonhos que sustentam a vida?
Pobre criatura é o ser humano. Preso a tantos mistérios, abandonado em tantas dúvidas, buscando as incertezas do futuro em pensamentos fantasiosos, e se algo der errado, ainda se lamenta. Pois bem, eu tive uma insônia... E ela esteve se alimentando de meus sonhos...
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Sentimentos a meia-distância
Espiral foi o último poema (deste bloco) que fiz baseado em outra coisa que não fosse eu. Mais uma vez é fruto de minha reflexão sobre o livro (IHH, o qual já mencionei aqui antes) e, sinceramente, é o que eu menos gostei. Não direi em quem ele é baseado, mas para quem já deu uma lida nos .docs que deixo perdido por aí, pode descobrir quem é.
Sentimentos a meia-distância (14/04/08)
Ferido e incompleto, ergo minhas mãos atadas e aponto
Há algo além daquelas montanhas que me pertence
E um dia a pegarei de volta
Basta esta ser uma vontade mútua
Um vidro quebrado reflete seu outro lado
Em ligações inexistentes, confraternizando confusões
A sombra que me segue sem que eu note
que o verdadeiro dependente sou eu
Por tanto tempo estive dormindo
Incapaz de sentir quão incompleto posso ser
As dores que me acompanham na estrada
Será que também foram divididas?
O espelho já não mais pode refletir
A imagem com a qual me acostumei
Aos poucos, deixo que essa sombra distante me abrace
Para que da sua fragilidade eu tire minhas forças
Dançando descontraído em dias felizes
Vejo meu outro lado tão distante
Mas isso não me abala, pois sei que um dia,
certamente, definitivamente, seremos um só
Desde que esta vontade também te acompanhe
Para dentro de terras que desconheço
Vaga a outra metade que me pertence
Acreditando no futuro, abriremos nossas asas
E deixaremos que o vento nos mostre o caminho
Além destas montanhas que separam o mar e o céu
Descansa algo que me pertence
E um dia a conquistarei de volta
Pois sei que, à meia-distância,
Compartilhamos esse sentimento
Sentimentos a meia-distância (14/04/08)
Ferido e incompleto, ergo minhas mãos atadas e aponto
Há algo além daquelas montanhas que me pertence
E um dia a pegarei de volta
Basta esta ser uma vontade mútua
Um vidro quebrado reflete seu outro lado
Em ligações inexistentes, confraternizando confusões
A sombra que me segue sem que eu note
que o verdadeiro dependente sou eu
Por tanto tempo estive dormindo
Incapaz de sentir quão incompleto posso ser
As dores que me acompanham na estrada
Será que também foram divididas?
O espelho já não mais pode refletir
A imagem com a qual me acostumei
Aos poucos, deixo que essa sombra distante me abrace
Para que da sua fragilidade eu tire minhas forças
Dançando descontraído em dias felizes
Vejo meu outro lado tão distante
Mas isso não me abala, pois sei que um dia,
certamente, definitivamente, seremos um só
Desde que esta vontade também te acompanhe
Para dentro de terras que desconheço
Vaga a outra metade que me pertence
Acreditando no futuro, abriremos nossas asas
E deixaremos que o vento nos mostre o caminho
Além destas montanhas que separam o mar e o céu
Descansa algo que me pertence
E um dia a conquistarei de volta
Pois sei que, à meia-distância,
Compartilhamos esse sentimento
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
Espiral
Per Capita foi outro de meus poemas que não se tratavam exatamente de mim. Este é diferente dos demais por ser mais uma crítica que uma lamentação. Ainda assim, pertence as 13 poesias deste projeto. E imaginar que o fiz quando pedi a um conhecido para escolher um tema para uma próxima poesia e ele disse "felicidade". Não ficou como ele queria e eu não gostei também, haha. Mas depois de alguns comentários de outras pessoas Per Capita passou a ser um dos meus favoritos.
Espiral (16/04/08)
Ouvi uma voz me despertar de um longo e surreal sono
Sonhos multicoloridos passam para um branco sem brilho
Renascer pode ser mais doloroso que morrer para sempre
Se não há uma mão para me segurar
"Uma espiral de essências divide a matéria do inexistente
Para a criação se faz necessária a destruição"
Calor humano não preenche o vazio deixado por memórias falsas
Nem sorrisos substituem uma falecida família
Confusões grotescas aspiram um sombrio olhar avermelhado
E crescem de dentro para fora, numa espiral dilacerante
"Tal como o tornado azul a padecer duas vidas
Originando uma terceira, mísera criatura sinistra"
Marcas do sol morrem na pele,
Sinais do tempo destroem lembranças
O cata-vento agora perdido neste vendaval
Jaz num turbilhão de esquecimento e perigos
"E engasgando a quarta cria do bem,
a torná-la tão presa quanto aqueles tristes servos"
Caindo das nuvens, algo está acima de sua cabeça
Águas mancham tão profundo quanto o azul do oceano
Rios levam a margem do verde enferrujado,
iluminado por baques de metais letais
Urra o sacrifício ao sangrar, caindo num longínquo precipício
Sai a vida, pára o tempo, o fim de um velho dilema
"A verdade permuta o passado, iludindo o presente
E todo o resto escorre na ignorância de uma espiral transparente"
A brisa de hoje é tão nostálgica
Que leva uma pequena vontade de parar meu coração
E descansar acompanhado do vento para acalmá-lo
Junto com todas as dores que foram carregadas
Um dia, com apenas um toque, a roda do tempo voltará a girar
E formará um furacão de eventos irreparaveis, até o fim de uma nova tempestade
Espiral (16/04/08)
Ouvi uma voz me despertar de um longo e surreal sono
Sonhos multicoloridos passam para um branco sem brilho
Renascer pode ser mais doloroso que morrer para sempre
Se não há uma mão para me segurar
"Uma espiral de essências divide a matéria do inexistente
Para a criação se faz necessária a destruição"
Calor humano não preenche o vazio deixado por memórias falsas
Nem sorrisos substituem uma falecida família
Confusões grotescas aspiram um sombrio olhar avermelhado
E crescem de dentro para fora, numa espiral dilacerante
"Tal como o tornado azul a padecer duas vidas
Originando uma terceira, mísera criatura sinistra"
Marcas do sol morrem na pele,
Sinais do tempo destroem lembranças
O cata-vento agora perdido neste vendaval
Jaz num turbilhão de esquecimento e perigos
"E engasgando a quarta cria do bem,
a torná-la tão presa quanto aqueles tristes servos"
Caindo das nuvens, algo está acima de sua cabeça
Águas mancham tão profundo quanto o azul do oceano
Rios levam a margem do verde enferrujado,
iluminado por baques de metais letais
Urra o sacrifício ao sangrar, caindo num longínquo precipício
Sai a vida, pára o tempo, o fim de um velho dilema
"A verdade permuta o passado, iludindo o presente
E todo o resto escorre na ignorância de uma espiral transparente"
A brisa de hoje é tão nostálgica
Que leva uma pequena vontade de parar meu coração
E descansar acompanhado do vento para acalmá-lo
Junto com todas as dores que foram carregadas
Um dia, com apenas um toque, a roda do tempo voltará a girar
E formará um furacão de eventos irreparaveis, até o fim de uma nova tempestade
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